Pacto Contra a Loucura

Diálogo: Pacto Contra a Loucura

Uma sala simples, iluminada pela luz suave de um entardecer. Ele e Ela estão sentados frente a frente, em cadeiras que parecem flutuar entre o real e o simbólico. Há uma tensão no ar, mas também uma intimidade profunda. Eles se olham com uma mistura de vulnerabilidade e coragem.

Ele:
— Você aceita que você é louca? Porque saiba... eu sou louco.

Ela: (pausa, franzindo a testa)
— Eu sou louca? Você acha que sou louca?

Ele: (com um sorriso leve, mas sincero)
— Não estou te julgando, escuta... Quer dizer, em algum momento te atacam paranoias de ciúme, ou de que estás sendo abandonada, ou abusada... sei lá, são tantas. O pacto entre nós é avisar antes de que ataque a loucura.

Ela: (pensativa, cruzando os braços)
— Avisar... Antes que nos consuma, certo? Assim nós podemos neutralizar, perceber o que nos pega e reciclar. Sair dessa eterna pingue-pongue... Você fixo no que te pega, e eu...

Ele: (interrompendo suavemente)
— Isso. Vamos firmar isso em nossa cumplicidade contra o inconsciente. Ou, no mínimo, livre dele. Podendo optar, dirigir... Não sermos reféns das nossas sombras.

Ela: (olhando para ele com intensidade)
— É a confiança... Importante... Mas como confiar, se somos loucos?

Ele: (inclinando-se para frente, como se quisesse tocar algo invisível no ar entre eles)
— Porque além de loucos, somos alma. Somos luz. Somos virtudes. Somos vários "eus"... Não somos apenas essa loucura que nos assombra.

Ela: (sorrindo agora, um sorriso tranquilo, quase libertador)
— A alma no comando de todos os "eus". Então, o pacto é esse: quando a loucura vier, avisamos um ao outro. Quando o medo, o ciúme, a paranoia tentarem tomar conta, paramos e lembramos que não estamos sozinhos nessa batalha.

Ele: (acenando com a cabeça, firme)
— Exato. Não vamos deixar que as sombras nos dominem. Somos maiores do que elas. Somos a soma de tudo o que somos: luz, escuridão, virtudes, defeitos... Tudo tem seu lugar, desde que esteja sob o comando da alma.

Ela: (suspirando, aliviada, como se tivesse encontrado algo que procurava há muito tempo)
— Então está feito. Nosso pacto. Contra o inconsciente, contra as armadilhas da mente. Não vamos mais nos perder nas projeções um do outro, nem nas nossas próprias prisões mentais.

Ele: (estendendo a mão para ela, num gesto de união)
— Fechado. Que nossa cumplicidade seja mais forte do que qualquer ataque de loucura. Juntos, vamos aprender a dirigir isso, a escolher onde colocar nossa atenção. Estamos nos tornando auto empoderados, donos de nós. Não somos apenas loucos... Somos dois seres humanos tentando navegar nesse mar de incertezas, com a bússola da alma, juntos.

Ela: (pegando a mão dele, com firmeza e ternura)
— E se formos loucos, que seja com ardor consciente. Uma loucura que vire gozo que nos une, em vez de nos separar. Vida no amor e em Milagres!!!

(Ambos sorriem, como se tivessem selado algo maior do que palavras poderiam expressar. A luz do entardecer envolve a cena, como um manto protetor sobre seus pactos e promessas.) (continua)

te amo
Hector Othon

Prompt para Geração de Imagem: Capa da Peça "Pacto Contra a Loucura"

"Crie uma imagem evocativa e simbólica que represente a essência do drama 'Pacto Contra a Loucura'. A cena deve retratar um ambiente minimalista, mas carregado de emoção e profundidade. Imagine uma sala simples iluminada pela luz suave e dourada de um entardecer, com tons quentes que criam um clima ao mesmo tempo íntimo e etéreo. No centro da imagem, dois personagens estão sentados frente a frente em cadeiras que parecem flutuar levemente, como se estivessem entre o real e o simbólico. Eles têm expressões que combinam vulnerabilidade e coragem, olhando-se com intensidade enquanto suas mãos se tocam delicadamente, selando um pacto invisível.

A atmosfera deve transmitir uma mistura de tensão emocional e conexão profunda, sugerindo um diálogo intenso sobre loucura, confiança e cumplicidade. Ao fundo, use elementos abstratos ou simbólicos que remetam à dualidade humana: luz e sombra, ordem e caos, razão e emoção. Pode incluir formas vagas que sugiram figuras humanas ou rostos, representando os 'vários eus' mencionados no texto.

A paleta de cores deve ser dominada por tons quentes de laranja, dourado e marrom, contrastando com toques sutis de azul ou cinza escuro para simbolizar as sombras da mente. A luz do entardecer deve envolver os personagens como um manto protetor, destacando sua união e o pacto que acabaram de firmar. A imagem deve capturar a essência poética e filosófica da peça, convidando o espectador a refletir sobre a complexidade da condição humana."