(Primeira parte – introspecção, memórias, silêncio, Saturno e Lua em Peixes)
(Senta-se em sua cadeira favorita, observa o céu pela janela. O olhar se perde, como se enxergasse além do visível. A voz, serena, carrega o peso das marés antigas.)
O tempo me ensinou a gostar do silêncio. Não aquele que pesa como pedra no peito, mas o que respira comigo, o que se senta ao meu lado sem pressa. Quando se vive o bastante, percebe-se que as palavras nunca foram tão necessárias quanto pensamos. O essencial, mesmo quando dito, é sempre ouvido por poucos. O resto… se dissolve na correnteza dos dias, como areia fina escorrendo entre os dedos.
Hoje, o céu me parece mais profundo. Como se houvesse algo prestes a ser revelado, mas apenas a quem souber esperar. E eu aprendi a esperar. Vi amores partirem sem promessas de volta. Vi rostos desaparecerem nas neblinas dos anos. Vi meu próprio reflexo mudar, como se outra mulher tomasse meu lugar sem que eu percebesse.
Há uma tristeza doce nisso, uma espécie de melancolia sem dor. Como a maré que se retira devagar, sem resistir, sabendo que voltará quando for o momento certo. E, dentro de mim, ainda há aquela menina que olhava para as estrelas perguntando coisas que ninguém sabia responder. Talvez a resposta tenha estado sempre aqui, dentro do silêncio que aprendi a amar.
(Pausa. Ela respira fundo, como se sentisse um vento antigo tocar sua pele.)
(Segunda parte – emoção intensa, amor etéreo, arrebatamento, Vênus retrógrada e Netuno com Nodo Norte)
(De repente, seus olhos brilham de um jeito diferente. Uma lembrança desperta. A mão toca o peito, como se segurasse algo invisível.)
Mas há coisas que nunca se apagam. Não importa quantos anos passem, nem quantos invernos o coração suporte. O amor… ah, o amor é um fogo que não se apaga, uma música que ecoa no fundo da alma mesmo quando o mundo se torna silêncio.
Houve amores, há muito tempo, em que senti algo tão intenso que parecia impossível caber em mim. Encontros sem palavras, sem promessas. Apenas instantes onde tudo era certo. O toque de uma mão que parecia vir de outra vida. O olhar que me despiu até a alma e me fez lembrar de algo que eu nunca soube, mas sempre senti.
Eles se foram, claro. Como tudo na vida se vai. Mas os que ficaram… ficaram para sempre. Marcas na pele do tempo, um segredo que nem eu mesma entendo. O amor é isso: algo que acontece e, mesmo quando parte, nunca realmente se vai. Talvez tenha sido um sonho. Talvez tenha sido o destino me mostrando que certas coisas não precisam durar para serem eternas.
(Ela fecha os olhos por um instante. Um leve sorriso dança em seus lábios, mas agora há algo a mais—uma centelha de travessura, de alegria que o tempo não apagou.)
E agora, depois de tanto tempo, percebo que esses amores nunca foram apenas meus. Eles estavam no vento que tocava minha pele, na luz que brincava na água, nas noites em que o céu parecia sussurrar meu nome. Estavam nas risadas roubadas, nos olhares que diziam tudo, nas mãos quentes entrelaçadas sem pressa. O amor tem tantas formas… E eu as vivi todas!
(Ela ri baixinho, como se lembrasse de algo só dela. Um segredo bom, um instante precioso que ainda faz seu coração dançar.)
Eu amei. E esses amores… me amaram de volta. Paraíso. Plenitude. Gratidão infinita. Que todos que amei e amaram sintam agora minha gratidão e que seus guias e mestres os abençoem e facilitem o que precisarem.
(Ela abre os olhos e suspira. O brilho em seu olhar não é mais de saudade. É de plenitude. De alegria. De um amor que nunca deixou de ser.)
(Fade out.)
Esse monólogo reflete a introspecção e a profundidade da Lua com Saturno, contrastando com o arrebatamento emocional e a magia etérea de Vênus retrógrada com Netuno e o Nodo Norte.



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